Mesmo com abundância em recursos minerais, a África padece por não fechar uma simples equação: "produz o que não consome e consome o que não produz", como alertou o escritor Joseph Ki-Zerbo no livro "Para quando a África?" Isso ajuda a estimular a balança comercial pelo lado brasileiro. O fluxo de comércio entre os dois países aumentou exponencialmente nos últimos anos. E há perspectiva de crescer ainda mais. Em 2000, o Brasil exportava apenas US$ 1,34 bilhão para alguns dos 53 países da África. Mas importava do continente US$ 2,9 bilhões. Até porque a região é uma grande exportadora mundial de petróleo e recursos minerais.
A balança comercial foi mudando com os anos, pendendo um pouco mais a favor do Brasil. No ano passado, o país embarcou para lá US$ 9,2 bilhões e importou US$ 11,3 bilhões. Na cesta de produtos "made in Brazil" vai de tudo um pouco, de alimentos industrializados à máquinas e equipamentos agrícolas.
Na África, 60% de terras não são cultivadas. Elas pertencem ao governo, que entregam as áreas em concessão para as empresas. "A troca de experiência pode abrir caminho para a exportação de máquinas e equipamentos agrícolas", diz Ricardo Santoro, coordenador de imagem e acesso a mercado da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
Os alimentos têm peso importante na pauta de exportações e os principais destinos são África do Sul, Angola e Moçambique - o maior parceiro comercial é África do Sul. De janeiro a setembro deste ano, o Brasil embarcou US$ 1,2 bilhão para esse país, aumento de 26,1% ante os US$ 977 milhões de igual período do ano passado. Os principais produtos vendidos para o país africano foram frango congelado (US$ 144,3 milhões), automóveis com motor de explosão (US$ 80,8 milhões), tratores rodoviários para semireboques (US$ 77,8 milhões), açúcares de cana, beterraba e sacarose (US$ 63,3 milhões) e minérios de ferro aglomerados e seus concentrados (US$ 36,2 milhões).
Em contrapartida, no mesmo período, o Brasil importou da África do Sul US$ 700,6 milhões. Vieram produtos como carvão mineral do tipo hulha antracita não aglomerada (US$ 85,9 milhões), motores de explosão para veículos (US$ 56,5 milhões), paládio em forma bruta ou em pó (US$ 52,9 milhões), chapas de ligas de alumínio (US$ 40,5 milhões) e herbicidas (US$ 34,9 milhões).
fonte : http://www.sermateczaninionline.com.br/posts/equacao-que-nao-fecha-impulsiona-o-lado-brasileiro-da-balanca-comercial/
Nenhum comentário:
Postar um comentário